A BUSCA
Busquei-te em lugares mortos de luz
Retas de pedras, sangrou-me em dor
Não há palavras que a tristeza traduz
Um coração solitário, descrente do amor
Fui peregrina das noites, lá não o vi...
Sacerdotisa da magia, não houve visões
Nos oráculos não pude, não o pressenti
Nem magos, bruxas, eufos ou charlatães
Converti-me aos templos, peregrinei...
Ensurdeceu-me o descaso dos deuses
Quando no oráculo por teu nome clamei.
Foi quando a palavra feito verso brotou
Dos meus jardins secos de seiva e flor
Vieste do mar, nas asas do vento amor!
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