Oceanos
Navio a velejar meus rígidos mares
em noitadas de respeito e de paixão,
ponteando meu corpo à exaustão...
ressoa pelo tédio os meus cantares.
Cochicho bem baixinho o teu nome,
apreciando teu regalo em desatino,
a nós assemelha mais um belo hino,
a compassar a ternura que consome.
Renda-se portanto aos meus carinhos,
atravesse com delírio meus caminhos...
apanhe este desejar que habita em mim.
E impacientes de amor nos difundimos
em encanto choramos e muito sorrimos,
a tentação deste querer deságua enfim.