As primícias do amor
Douravam-lhe, as nalgas ondulantes,
o corpo acinturado de donzela.
Os grandes lábios a falar por ela,
em língua gaga e balbuciante.
Senti, na eternidade do instante,
como um ruflar, o adeus da virgindade,
e um choro rubro de felicidade
a colorir-me o púbis de amante.
Seus seios rijos a lamberem os meus;
a boca emudecida pelo adeus;
a mão silente a despertar libido...
Eram a prece ofertada a Deus,
anunciando o amor que ora nasceu
do gozo que pariu o seu gemido.