PADECER

Ainda às vezes, a prosa saudosa

que outrora me foi com afeição

vem cruel tal desfolho duma rosa

macular a poética da inspiração

E, dantes a poesia tão carinhosa

que da alma era vital dedicação

agora em tom áspero, nebulosa

chora no verso cheio de solidão

Ah! esse aperto que tem a toada

de sensação dura e amargurada

põe a trova em um dano sem fim

Pois, o fado ainda bem maldoso

unta de suspiro, pondo pavoroso

o soneto a padecer junto de mim....

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

24/03/2022, 15’30” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/-43-ta02Gik

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 24/03/2022
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