DIVAGANDO
Não vou, não vou, não vou, eu não vou não,
deixar fugir da pena o meu verso,
é triste ver o soneto em retrocesso
é como ter manteiga e não ter pão.
Sei ou não sei? Não sei, eis a questão!
A rima ou é na ponta ou no começo,
palavra, com o poeta vem de berço,
sendo ela Eva, o poeta é Adão.
Assim eu vou fazendo versos, eu vou,
mas nesse ofício eu não sou professor,
um diletante que ama a poesia.
E nada me fará mudar de rumo
e tento tanto que um dia me aprumo...
Deixar por menos? Ah, é covardia!
Josérobertopalácio