AS TUAS MÃOS

 

 

Que saudades meu bem, das tuas mãos...

Firmeza e veludo, tateando, indecentes,

provocando os desejos mais ardentes

nos nossos corpos jovens e tão sãos.

 

Não foram para nós os dias vazios.

Vivenciávamos o amor doce e contente.

À noite, sob céus de breu e astros cadentes,

transbordávamos como leitos de mil rios.

 

Hoje sinto fome, sede_ Peno e lamento!

Mínguo sem beijos ou o calor dos teus abraços

De companhia, só a sombra do vento...

 

E de quando em vez o sonho te traz,

engano com que padecem os que vivem só...

É ilusão!_ Nada mais me acalma ou apraz.

 

Elisa Salles
Enviado por Elisa Salles em 21/03/2022
Código do texto: T7477857
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.