SONETO DO AMOR MAIS TRISTE
Amor imenso e mais triste não existe
Do que o que professo em Minh ‘alma
Um apreço sem razão, vazio e triste...
Que sangra o peito, mas não se acalma.
Amor que quer bem-querer ao ser amado
Mesmo sabendo ser por ele abandonada
Mas que não diminui o sentir sagrado
Como quem pelo amor amaldiçoada!
Que maior sentir poderá haver então?
Do que o de quem se doa sem promessa
De ternuras, gentilezas, beijos ou afeição?
Sim, amor imenso nem mais amargurado há.
Do que o que meus versos e boca professam
Querer sem ser querida._ Somente por amar!