Lua cheia do Monte Tabor
Resplandece a lua cheia no Monte Tabor
Ilumina a noite mas mantém-me no escuro
Se não sei o que procurar, em vão procuro
Finda minha força vital esse inútil labor
Apesar da luz em mim ainda sim dissabor
Aqui dentro há um salão vazio e obscuro
Torna-me inseguro tanto quanto imaturo
Provo dessa vida sem distinguir seu sabor
Despenca sobre mim o meu julgo rigoroso
O martelo bate onde não importa ser real
Velho antes do tempo, tempo horroroso
De todo o caminho que pensei ser valoroso
Toda a minha utopia é risível, torpe e irreal
Inútil rocha onde quase tudo é tão poroso