VOZ DO VENTO

Uma agonia! a voz do vento que murmura

No cerrado, sussurrando aquela saudade

De outrora, em uma sensação pela metade

Sobra de um sonho, esquecido numa jura

E o vento no terreiro vai pela noite escura

Gemendo entre os galhos tortos em riste

A melancolia n’alma e no coração insiste

Expondo ao verso um versar com tristura

Vai e vem, bafeja, suspira, queixa, farfalha

Um vendaval choroso, cortante tal navalha

Revivendo aquele amor perdido. Um talvez

Ah vento! Quanto falta, ah! quanta solidão

Que sinto no peito, que se vai na vastidão

Ermo, dos mimos ameigados a minha tez...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

19 março, 2022, 14’21” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/bnvIcXpqLqQ

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/03/2022
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