QUEM SERÁ QUE SEREI
( Inspirado no poema QUEM SOU EU?,
do poeta Herculano Alencar)
Como não sei quem será que serei,
É natural que ninguém vai saber.
Talvez, no pouco que há pra viver,
Com alguma sorte, descobrirei.
A julgar pelo que fiz e farei,
Se algo mais que só envelhecer,
Outros detalhes do EU conhecer,
Novidades pra vocês contarei.
De pronto não garanto revelar,
Se a verdade me for condenar,
Por algum ato desabonador.
Não quero perder esta aura boa,
Que pairava sobre a minha pessoa,
Embora apenas mais um pecador.
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Quem sou eu?
Se não sabem quem sou, então lhes digo:
eu sou um caçador de poesia,
que mata e ressuscita a própria cria,
enquanto põe as letras de castigo.
Eu vivo entre o novo e o antigo.
Ora sou dinossauro, ora gente.
Ora ando pra trás, ora pra frente.
Sinceramente, é tudo que consigo!
Eu penso em ser notado ainda em vida,
mas minh’ alma diz que inda duvida,
pois nada do que fiz me dá motivo.
Se não sabem quem sou, também não sei.
Quem sabe eu seja algum fora-da-lei,
que a morte por capricho mantém vivo.
Herculano Alencar
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Mea magna culpa
Nem de longe sou o diabo que tu pintas,
Ainda que com pecados renitentes,
Minhas poucas virtudes, mas presentes,
Estão alheias aos tons tuas tintas.
Perante a tantas críticas famintas,
Vindas de bocas cheias de aguardentes,
Minha mãe tem palavras diferentes,
Desmentindo a reses almas distintas,
Eu sou bem mais contido na autocrítica,
Para não agredir a forma lítica,
Nem ir tanto ao poente nem ao leste.
Livro-me dos extremos do caminho,
Como bem nos falou Santo Agostinho
Em sua máxima: "Virtus in medio est".
Piauiense Armengador de Versos