A PAZ VIRÁ...

A paz que se espera não será o encanto

No estalo em dois dedos duma feiticeira

Nem determinação dos anjos na lixeira

Sem reciclar no Homem, lixo em cada canto...

A paz virá à custa de um mar de pranto

Enquanto insistir o ódio na trincheira

Pra sustentar a guerra vã e sorrateira

Que nasce ao coração e morre ao desencanto...

A guerra é o covil com mil chacais famintos

Que deixam se levar por amorais instintos

Em labirintos, buscam paz, mas sem saída...

Eu sei, um dia a paz virá, como alvorada

Qual uma aurora calma, fim da madrugada

Num sol de amor em paz, iluminando a vida...

Autor: André Luiz Pinheiro

08/03/2022