CONCLUSÃO
Hoje tenho no peito um coração aflito
E sinto meus nervos à flor da pele
E por mais que contra isto eu me rebele
Estou sempre comigo – mesmo em conflito.
Hoje estou só e perdido num vazio infinito
E só para a solidão tudo me impele
E ainda que, para todos, eu apele.
De socorro ninguém escuta o meu grito.
Mas ao meditar no que se passa comigo
Num instante de realidade eu acho a resposta
Pois a causa do meu mal – tão antigo.
Está tão claro e só meu coração não vê
E na verdade o que mais me desgosta
É que me falta tudo – e este “tudo” é você...