Pupilas Dilatadas
Não tenho nada. Duas mãos eu tenho,
Estas são ferramentas de trabalho.
A ti, podem servir-te de agasalho;
A mim, de proteção. E aqui eu venho
Esclarecer-te de vez que meu engenho
É somente pras cartas de baralho;
Não esperes achar sobre o assoalho
Uma carta com frases deste “gênio”.
Esperas mais que um homem, culto e terno?
Mas não o sou e nem serei capaz
De te dar de beber de algum falerno.
Eis o que tenho e sou... te amar? Jamais!
Pois sendo o amor um sentimento eterno
Está longe do alcance dos mortais.