Estás velho demais para ser tão estúpido

Sonhos, tantos sonhos juvenis e estúpidos

Rasgados dia a dia como páginas de jornais

do outro dia, hoje, agora parte dos boçais

é meu coração e alma que já foram cúpidos

Meus sentidos estão em alerta e obstúpidos

Esperava, estou aqui, ainda espero demais

Tolo, negue três vezes e quantas vezes mais

Quando entrou na vala comum dos estúpidos?

Minha auto piedade já não mais me conforta

Agarro o cadáver de toda esperança morta

e o do moço que morreu dentro do homem

Rasgo-me tentando alinhar minha alma torta

Não bato, estou trancafiado atrás dessa porta

Onde o medo e o remorso me consomem