UMA DOR CHAMADA SAUDADE

 

Não! Não foi porque eu haja te esquecido

Que te deixei de ir ver na extrema hora.

Amizade assim de anos não vai embora
Tão fácil. Foi o dejavù, o repetido...

Dos adeuses sem regresso - transido -
Tenho medo... A covardia me apavora,
Mas fui covarde!... A alma, porém, chora,
Deixando o sentimento ressequido!

 

Perdão, te peço, pela inesperada

Falta, mas a ver-te co'a Indesejada
Preferi, antes, o teu sorriso antigo...

 

E eu fiquei lembrando tuas peripécias

Filosóficas e tuas controvérsias,
Docival de Souza Gomes, meu amigo!

 

Melgaço, Pará, Brasil, 9 de abril de 2010.
Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo.
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