Soneto gastronômico I
Queria ser um amendoim crocante
Para na sua língua estalar
Ouvir você dizer que tá gostoso
E que vai me comer até acabar
Talvez eu pudesse ser um purê
Que enfeita aquele seu cachorro-quente
Ou a cachaça que faz o seu drink
E deixa a tua garganta ardente
Só sei que quero você
E que como pavê
Em sua boca quero desmanchar
Só sei que quero te ver
Te olhar com os olhos
E com a boca te amar