A Última Rosa
Quando a última rosa desabrochou,
dela eu já não podia mais cuidar,
curti meu desalento com imensa dor,
com chicotadas mentais a me desesperar.
Seguro não me sinto a navegar,
nos riscos que o tempo me impôs;
melancólico te aprecio; choro depois,
na volta te beijo, em formoso altar.
Por que não desabrochaste antes?
Quando o leão rugia feroz em mim,
Em busca da comestível flor amada.
Te guardarei nos olhos, dócil namorada,
Te louvarei em poemas exultantes,
Até que um dia decretem o meu fim.