CASCATA

era, e já não é bonita

como nos áureos dias

ela, a flor dos rios, fita

luares frios... estrias.

olhos baços vêem o céu

de prata sem serenata

nas estrelas, sem tropél

de luz, cobrindo a mata.

ela que já não reluz

o choro que não desata

silentes cristais de luz.

cascata, outrora prata,

leito sem luz, feito nata

- fiz de ti - meu rio de pus!