O GERMINAR DA POESIA

 

 

Quando, nas ventanias, os risos somem.

E mesmo as feições soam vazias

Perdem o sentido todos os dias

Faltam sentidos nos passos de homem

 

Sou o fingimento da estrela fria,

Brilho em sol, mas estas trevas consomem

Tantos funebrilhos, olhos que dormem

Sob os cílios longos da poesia

 

Amor mesclado com prazer libertino

Na força bruta que nos escalavra,

Sem hora, servindo à minha escrava

Que ora trago, sem regra ou tino.

 

Escrita gritada numa palavra,

Senhora a quem se ora em desatino.

De joelhos os gemidos em hino

Na escuridão germinam em lavra.

 

 

 

Elisa Salles e Fernando Martins Lara
Enviado por Elisa Salles em 12/03/2022
Código do texto: T7471070
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