Mostre-me um homem que não seja escravo das suas paixões.
William Shakespeare
Eu
Jamais capitulei frente as paixões.
Sou frio como a pedra sob a água.
Jamais carpi amor, tampouco mágoa,
Nem mesmo nos sonetos de Camões.
Já conquistei milhões de corações
E devolvi-os todos, dono a dono...
Dexei-os sem amor, ao abadono,
Não houve recompensa ou exceções.
Meu coração é duro como a rocha!
Não admira a flor que desabrocha,
Tampouco o flutuar do beija-flor.
Só amo a verdade, todavia,
Por uma insuportável ironia,
Eu minto nos meus versos de amor.