INFINITO
Com meus dedos busco tua carne na sombra
Lá fora todas as luzes extintas estão...
Cá dentro descompassa-me o coração
Neste desejo por ti que me arde e assombra!
Nesta noite fria, como noutras, és nostalgia.
Fios de lembranças que me forço a lembrar...
Com medo que de ti eu possa ausentar
Esta saudade que é razão para toda poesia.
Visto que ainda ontem te beijei a boca...
Saboreei teu sabor e me deixei provar
Foi amor, eu sei, não moeda de troca!
Não foi longo, mas foi gostoso e bonito!
Fizeste de mim a mulher mais feliz que há
Hoje somos poema, palavra escrita, infinito.