ESPELHO

Quando transbordo-me de sentimentos,

Anseio pelos braços da liberdade,

Esvaziando-me de toda racionalidade,

Minha alma implora por coragem...

Nas engenhosas teias da maturidade

Percebo quão presa estou.

Mergulho em mim tentando me encontrar,

E te encontro lá, onde eu queria estar...

Gritos que ecoam na madrugada,

Sem nunca ultrapassar a garganta...

Será meu destino viver presa neste abismo?

Falta coragem para me libertar.

Doí ver meu reflexo no espelho,

Não me reconheço. Só sei que te amo!