Poesia
Em tudo estás presente, sim, te vejo
Na rosa que desmaia e se emurchece,
Nas lágrimas de amor, candor da prece,
No terno olhar, repleto de desejo.
Palpitas - e de um modo tão sobejo -
Nas tramas que o viver a vida tece,
No humano coração, a sua messe,
No mar das emoções no qual velejo.
Como existir sem ti? Eu me questiono...
Atravessar o mais severo outono,
Ser folha que entre folhas vai ao vento?
Por isso, minha amiga, aqui revelo
Que em tudo te procuro, busco o belo,
Seguir sem ti sequer cogito ou tento.
Edir Pina de Barros