Soneto sobre a guerra na Ucrânia
Vêm da Ucrânia, da bela terra eslava,
Tristes cenas de partir corações,
De reunir os crentes em orações,
Pela humanidade que seu fim cava!...
É dito que o tirano já acenava
Longe, bem longe, nos russos rincões,
Apontando o verbo e mortais canhões
Pra uma gente altaneira e muito brava!
Certo no prélio insano não há santos;
Certo também há grandes em diabruras,
Difusos na Ucrânia aos quatro cantos,
A espalhar o ódio e desprezar os prantos
– Dos mais velhos às ingênuas criaturas –,
Num mundo louco, onde não há acalantos.