Nirvana
A paz refletida no revérbero do espelho
aquieta o espirito em silêncio,
abrigado na canção sem resposta,
no amor vivido nas estradas do destino.
O armistício soprado sem retorno trás
no momento alheio, o amor que ficou
precisamente na calmaria da quietude,
no cântico do pisar fanado na noite nebulosa,
Indúcias contemplativa de uma poesia
rasurada na folha amassada do coração
traído em gestos acerbos, negado na mente insana.
Nirvana lindamente apreciada na calmaria
do rio quebrado em pedras recitadas, no cinzento
crepúsculo da manhã em momentos diversos.