Taça de vinho
Plenamente vestida,a sombra plenamente
Silente do desdenho,que a entrelaça
Ao momento venusto,o viço abraça...
Do desditoso ciclo,de queixa inocente.
Quando de mesura,versejada numa taça
De fulgência explícita,de gosto ingente
E a maneira que excita do presente...
A forma do capricho,(o corpo despedaça...)
Taça de vinho...(o gosto acidifica...)
Numa visão qualquer:inflamado queixume
E a essência noturna,a paixão fica...
Envolvida talvez;dadas flores vermelhas
E o corpo de mulher,exala o perfume...
O momento de êxtase em transe centelhas!
Julio Moreira
Contrastes . poesias