Loucura em soneto

 

A louquice desatinada na demência,

insensata na sua hora, excede a esquesitice

dos fatos delirante sofrido no fascínio

da aspereza psicótica do mais lindo poema.

 

A doidice extravagante deixada no recital poético,

da excentricidade mental em calmaria desértica,

na paranoia comemorada na perfeição

do primeiro dueto original, recria a pasmosa dor no coração.

 

Desvario comemorado na hora certa,

desatinada na morte da claridade que se prepara,

renasce para o dia seguinte milagrosamente.

 

Distúrbio respeitado no silêncio,

acalma na despedida exasperada a outra metade

da alegria espiritual simplificada no amor que sobrou.