SONETO DO SAUDOSO NETO
SONETO DO SAUDOSO NETO
Viviam lá, no meio do mato, eles e o cãozinho
uma vida feliz, construída com amor e união.
Até os passarinhos iam sempre visitar o seu cantinho,
pra comer de manhãzinha, as migalhas do pão.
Quando o sol se despedia com a algazarra da passarada,
a luz do candeeiro lhes era bastante àquela hora.
Iluminava o suficiente aos afazeres e mais nada,
enquanto a noite e a imensidão de estrelas não iam embora.
O tempo por lá deu um longo passeio, um estirão.
Dava a impressão que os ponteiros do relógio
diziam as horas ao compasso do seu coração.
A tristeza foi companheira quando vieram pra cidade,
e a história bem vivida, sucumbiu ao marasmo doentio,
até que a morte levou meus queridos avós, acho até por piedade.