Carnaval pandêmico
O frevo anda triste, como nunca!
De sombrinha arriada, posta ao chão!
Não sacode na rua ou no salão,
Seja num palacete ou espelunca.
O frevo anda doente do pulmão,
Por conta da mais nova pandemia!
Parece um gato triste que não mia,
Quando ouve o latido de um cão.
O frevo fez pro samba uma canção,
Que diz que a pandemia foi em vão,
Pra repensar a música, enfim...
Pois nem mesmo o tambor (ou o pandeiro)
É capaz de tocar o ano inteiro,
Se não pedir licença ao tamborim.