TEMPOS IDOS

Não sepultes, lágrimas, o que já andado

Tem pena da recordação que sobreviveu

Eu suspiro cada detalhe que não morreu

Os quero perto, concebido, ao meu lado

Não, não desejo o sentimento enterrado

No campo ignorado e tão cheio de ilusão

Que não se soterra, assim, uma sensação

De emoção, e então, dado por encerrado

Ah! não me arranque d’alma este acalanto

Deixai-me cá no conforto que quero tanto

Sem dar adeus aos sonhos meus partidos

Ó singular amor que traz tanta imensidade

Não me abandones cá no sírio da saudade

Agoniante, ao dobre triste dos tempos idos

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

25 fevereiro, 2022, 12’16” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/Icki7olNs0M

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 25/02/2022
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