SILÊNCIO...

Não me fale de silêncio, já me calei demais,

Mesmo assim ouvia os gritos no pulsar,

Então soltei o verbo de forma loquaz,

Mesmo assim ainda ouvindo o reclamar.

Silêncio não existe e nunca será fugaz,

Só na tentativa no olhar se esconderá,

Enquanto que no corpo não será capaz,

Desde o tremor às lágrimas, escapará.

O som estará no perfume pelo ar,

Nos olhos que surgem sem avisar,

Em tudo do que o silêncio se apraz.

Esse silêncio barulhento sem par,

Dos lábios no vento que fingem beijar,

E nós no sussurro do silêncio sem paz.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 24/02/2022
Código do texto: T7459325
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.