SILÊNCIO...
Não me fale de silêncio, já me calei demais,
Mesmo assim ouvia os gritos no pulsar,
Então soltei o verbo de forma loquaz,
Mesmo assim ainda ouvindo o reclamar.
Silêncio não existe e nunca será fugaz,
Só na tentativa no olhar se esconderá,
Enquanto que no corpo não será capaz,
Desde o tremor às lágrimas, escapará.
O som estará no perfume pelo ar,
Nos olhos que surgem sem avisar,
Em tudo do que o silêncio se apraz.
Esse silêncio barulhento sem par,
Dos lábios no vento que fingem beijar,
E nós no sussurro do silêncio sem paz.