Sobre esta Pedra
Trôpego, arqueio com essas ondas nauseantes
Esqueces que tem no dedo o Anel do Pescador
Nega três vezes, mil vezes mais em amor e dor
Univitelinas crias de pessimismos inconstantes
Detento na rede de tuas escolhas cambaleantes
Mantém a íntima Esperança com todo o ardor
Passos curtos e firmes com impavidez e pudor
Pisa na areia mas deseja a boa luta de Cervantes
A Fortuna mira, aperta o gatilho e atira
É quando me calo no silêncio de minha ira
Então têm a certeza que enfim me derrotaram
É uma meia verdade e por isso uma mentira
Mesmo que eu esteja ardendo na Eterna Pira
Sou o que fica quando até as cinzas escaparam