O Lago Sombrio
Nas minhas vis oníricas vivências
Estive em profundezas obscuras
Foi dentre o arvoredo de imanências
Que vi medrar assombros e loucuras
E lembro-me d'um sonho recorrente
Um lago de nascente em uma gruta
Envolto um arvoredo contundente
Que canta e rega em morte quem escuta;
É nele que perdura algum jazigo
De outroras guarda horrores lá consigo
E deste seu negrume exala medo...
Escuro como o abismo e tão medonho
Receio, pois pressinto a cada sonho
Que logo externará o seu segredo.