O último poema de sexta-feira à noite
Depois do vinho tinto e da cerveja,
Meu coração não sebe onde ir:
Se volta ou vai em busca do porvir,
Atrás do que não sabe que deseja.
Um coração-poeta sempre almeja
Somar um verso a mais à poesia.
Pois vive a depressão e a mania,
Como se fosse o bolo e a cereja.
Hoje, uma sexta-feira, dia santo,
Não sei ao certo como, onde e quanto
Meu velho coração cobra de mim,
O verso esquecido no passado:
Aquele que me fez ser condenado,
A pensar dizer Não, e dizer Sim!