ENCONTRO
Nossas almas perdidas encontrando,
No vazio do outro, braço e aconchego...
A carne da presença tempo quando
A dor da solidão pede sossego.
Das peças, todas juntas se montado,
A imagem disforme pelo emprego
De cada encaixe mais aparentando
Não ter sentido algum, mas tendo apego.
É como um rosto amado conhecido
Ver meio a multidão ter segurança,
No riso ou o silêncio pertencido
Leve porção de amor e esperança
Que se pode guardar tendo cabido
Na tão cansada e ténue confiança