JANELA
De aço a janela fria protege…
A estrela que cochila no azulado,
Que rebrilha e ressona do meu lado
E o meu sono breve, neve leve.
De vidro a janela cega me mostra…
A cantina com cantigas da rua;
A mocinha chegando à seminua
E a cerveja urgente e gente quente.
Nada é triste além do aço envidraçado,
(Pode a mocinha até chegar à nudez…
Ou a estrela sonambular pelo azul;
Pode a cantiga da rua não ser bela…
Ou a neve do meu sono derreter),
Nem a solidão é triste da janela!