Cálices quebrados do chão
Sedução, cálices e verdes garrafas de vidro
Pessoas solitárias, vulneráveis e sozinhas
Sem nenhum ser audível e já quase noitinha
No entanto, temos um telhado de vidro....
Estamos juntos, somos selvagens e felinos
Impetuosos como nos sopros dos ventos
Que passam velozes em nossos tempos...
Somos meros transeuntes, apenas inquilinos...
Enquanto isso, a força brutal derruba-te no chão
Encima dos cálices quebrados que foram em vão
Desnuda e frágil, esmigalha-te cansada e ferida.
Fica à deriva e sozinha, com um bicho selvagem
Sem mais forças para navegar, falta-te a coragem...
De defender-te do mal bruto, de lutar pela tua vida.
Texto: Miriam Carmignan
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