Navio Borboleta voando longe para o espaço

Anteriormente distante, agora brilha aqui tão perto

A luminescência deveras fugaz quanto espontânea

O calor amarelo solar de tua essência momentânea

Tua órbita perdida neste universo um tanto incerto

De todo o mistério que por mil nuvens é encoberto

Tua aparição distendida em paradoxo tão subitânea

Torna heterodoxa essa gravitação não tão coetânea

Peregrina no cosmos com um navio em mar aberto

Sem ancoras, tuas velas movidas por ventos solares

Tua intrepidez explode em ambas flamas azuis anis

Dispara canhões de luz e triunfa sobre mil milhares

Nem milhões de cometas afastarão os sonhos pueris

Somos contingentes enquanto fincas os teus pilares

Mira o futuro, vive o presente, o passado é a cicatriz