SONETO – Saudade – 26.01.2022 (PRL)
SONETO – Saudade – 26.01.2022 (PRL)
Alguma coisa faz meu peito aflito,
Pois me sacode, e a minha voz entala,
O nosso amor, por Deus, estava escrito,
Vou ficar velho e mesmo de bengala...
Sinto que nosso afeto... nunca adstrito,
Aos prazeres da carne em alta escala,
Mas aos sabores d’alma, que reflito,
Por onde o coração sempre resvala...
Essa distância, que me traz lembrança,
Faz-me rememorar momentos lindos,
De nossos áureos tempos juvenis...
Porque fincados com nossa pujança,
Que em minha mente todos são bem-vindos,
Em beijos que se alongam mais febris.
SilvaGusmão
Foto: Barcos na Enseada. Óleo s/tela de minha autoria.
16/02/22 08:48 - Eligio Moura fez a seguinte interação:
Privilégios de amor
Preste atenção:
desde a primeira vez
houve empatia e confiança.
Algo de mágico!
Vivenciaram os sentidos, os cinco,
com criatividade e carinho...
Mas não participava somente o beijo e a boca,
nem o olhar conivente e sedutor,
ou o cheiro dos corpos
além das papilas e as carícias ousadas das mãos...
Havia algo mais contundente, consensual e misterioso
que ia além da participação dos sentidos...
Havia um sentimento que relevava as revelações,
permanecia no aqui e agora
e se renovava com o tempo...
E eles viveram intensamente este privilégio
do amor enquanto ele durou...
Muito grato, caro Mestre...meu abraço...ansilgus.