Flor Silvestre
No quarto nasce a flor - quanta alegria!
Fortes choros, murmúrios nessa hora...
Cogitam pôr o nome de Maria...
Como amanhece, pensam em Aurora.
Cresce a moça entre pardais e eufonia;
Sente, porém, que o destino lhe implora
Perpretar com ânsia sua cantoria.
Sente-se dentro que é hora de ir embora...
E se foi... sua trança tão dourada
Luzente, como batizada Aurora,
Serviu a muitos homens, perfumada...
Hoje não tem mais a beleza de outrora
E sobre sua cama maculada,
Entre silêncios e suspiros chora.