AS MÃOS
Das mãos provêm os gestos,
Que em silencioso movimento,
Podem expressar nosso desejo,
Num buscar de beijo a contento.
Das mãos há o aperto respeitoso,
Que a mornidão até alimenta,
Podem encarar em seguida,
A carícia tida como ciumenta.
Das mãos provêm o aceno,
Gesto tímido e pequeno,
Que na memória eterniza.
Das mãos o revés do soco,
Que desvencilha aos poucos,
Que a face alvejada cicatriza.
2.022