Marionetes do Destino

Eu temo navegar pelas bonanças...

O sol no céu azul queima e arde,

Tempestade anuncia ao fim da tarde,

Como o pranto sugere as esperanças.

Pois bem! Vê que à sombra tu descansas

Da palmeira! E teu irmão, em alarde,

Pede esmola! E tu podes, como um covarde,

Baixar-te ao lugar dele nas vinganças,

Nessas, cujo destino vem e traz

E a outro traz a fortuna e muito cobre,

Tirando de outrem o vigor e a paz.

E este mesmo, amigo, não vira nobre,

Só porque neste mundo quem tem mais,

Cada vez mais e mais fica mais pobre!

Rogério Freitas
Enviado por Rogério Freitas em 08/02/2022
Código do texto: T7447783
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