Marionetes do Destino
Eu temo navegar pelas bonanças...
O sol no céu azul queima e arde,
Tempestade anuncia ao fim da tarde,
Como o pranto sugere as esperanças.
Pois bem! Vê que à sombra tu descansas
Da palmeira! E teu irmão, em alarde,
Pede esmola! E tu podes, como um covarde,
Baixar-te ao lugar dele nas vinganças,
Nessas, cujo destino vem e traz
E a outro traz a fortuna e muito cobre,
Tirando de outrem o vigor e a paz.
E este mesmo, amigo, não vira nobre,
Só porque neste mundo quem tem mais,
Cada vez mais e mais fica mais pobre!