Hera

Perpétuas roxas no meu leito deixaste.

Na solidão vazia de uma gélida noite

Na masmorra negra me abandonaste,

Deixando a saudade como carrasco açoite.

Senti o perfume destas flores malditas

Senti a humidade das paredes no rosto

Até os corvos e as almas recônditas

Dobraram o sino daquele imenso claustro.

Mas vi a fúria dos deuses do Olimpo

De libertar da dor, aquela que honravam!

Libertando-me das memórias com seu grimpo

Apagando os demônios que me matavam

Dando-me amor em outras glórias.

Tornando-me eterna porque me amavam.

Borboleta Raquel (in eterna aprendiz)

Borboleta Raquel
Enviado por Borboleta Raquel em 08/02/2022
Código do texto: T7447351
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