Estranhos na noite indo para lugar nenhum

As mãos se entrelaçam, mas as almas estão perdidas

Esperanças infantis se perdem entres risos e vinhos

Chegamos tão longe, embora chegamos tão sozinhos

Coragem do álcool, punho cerrados e mãos erguidas

Corações despedaçados rimam com vidas divididas

Gargalhadas desesperadas entre os sutis desalinhos

Beijos e lágrimas, rosas vermelhas e seus espinhos

Fingimos sofrer, fingimos amar e adiar despedidas

A inocência foi embora antes mesmo da meia-noite

A fagulha última esmaece por mais que eu a afoite

Tudo se torna gélido e não há ardor em lugar algum

Assistimos as estrelas desaparecerem na entrenoite

Resignados, resistimos juntos a este último açoite

Éramos estranhos na noite indo para lugar nenhum*

* verso da música 747 ( Strangers In The Night ) da banda britânica Saxon