Nascimento

Agora, este pungir que desespera

é a luz dos olhos teus que velo...

Nos sonhos que tão lúcidos espero

ter mais para viver, que esta terra

Sou louco - eu sei - mas não insano...

E não vou dizer que não me perdi

Mas sei também que não estás aqui,

nem posso encontrar-te em outro plano

Ai! Precipita-se minha alma

Nesta vaga dos teus olhos, na fulgência

Meninice é implorar tua indulgência...

Mas não verei morrer na boca fria

A lágrima que desce em calmaria

E o sonho que nasceu de uma inocência.