Saudade madrasta.
Ah! saudade maldita que tento exorcisar.
Sugas-me as forças que são já poucas.
Bebes lágrimas que caiem sem parar.
Tornas-me como essas mulheres loucas.
Madrasta que me abandonas-te na torre
Não queres que saia dela e seja amada.
O dragão vigia esta alma que morre
Enquanto me levas com ela, desgraçada!
Leva-me de vez, sua maldita, te aceito!
Porque o amor em mim não morrerá.
Mesmo que atire-me deste parapeito
O meu grande amor sei, ressuscitará!
Foi para mim o único, verdadeiro o eleito!
Tu és pó, és mundana, és mera madrasta má.
Borboleta Raquel (in eterna aprendiz)
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