Areia sempre movediça
Tantas certezas a todo instante caem por terra
Olho para trás e minha sombra me persegue
Encontro-me no mundo tal qual um tuaregue
Quimeras que a areia e o sutil vento desterra
A última esperança que a areia não enterra
Morre de sede como o futuro que me segue
E o pretérito que não me deixa, prossegue
O presente perda a batalha e perde a guerra
A noite, quando o Sol foge, chego ao nada
Nunca estive tão sozinho em minha cidade
Pensei que estaria mais sereno nesta idade
Tolo, as luzes artificiais são só outra cilada
Continuarás sendo o lado escuro da metade
Escolhestes bem, o lado errado da verdade