A QUALQUER TEMPO
A QUALQUER TEMPO
Sempre que desejares ou puderes
E quando t'entediarem os lugares,
Abre um livro de poemas aos vagares
Por logo te afastar dos afazeres.
Se te cansarem homens e mulheres
A buscar, avidíssimos, seus pares,
Cuida para em meio às letras divagares
E sonhares o quanto tu quiseres.
Esquece o mundo… Atenta em rimas liras!
Desdenha aos maiorais seus souvenires
E aos donos da verdade suas mentiras.
Se em alheio sentir mais tu sentires,
Hás-de encontrar das letras quanto admiras:
N'um pote d'ouro bem no fim do arco-íris.
Betim - 31 01 2022