Seios de cristais
Uma terra roxa apontas nos cafezais
No começo do inverno, a festa rola
Temas da roça, o homem da viola
Divisa-se no tempo, vaporosos sinais.
As nuvens debulhadas com os missais
Uma noite crescente, a dança evola
Levita de aventura a doce esmola...
O acorde louvarás: seios de cristais.
O homem canta os versos que recortas
Chamativo latejo, o verso entalha...
Uma laje tumular do limite as portas.
A marca solitária, o brilho da coragem
Da bravura humana, cortes de navalha
Vital prazer cingido na arcana Imagem!
Julio Moreira
Contrastes . poesias