"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser cético."
(Friedrich Nietzsche)
Jazigo da fé (reedição)
Não acredito em nada que eu não toque,
Ou veja, ou escute ou sinta o cheiro.
Eu sou aquele cético verdadeiro,
Que traz sempre a descrença a reboque.
Eu creio no trabalho pioneiro;
Na flor, no beija-flor, numa gaivota;
No sábio, que respeita o idiota;
No mar, na embarcação, no marinheiro...
Só acho bom o fruto se tem gosto.
Eu vejo o lado certo, o lado oposto,
Como se fosse um riso após o pranto.
Não creio pela fé, mas pelo tino.
Eu sempre fui assim, desde menino.
Este sou eu! Ao menos por enquanto.